28 de novembro de 2009

Oh yeah

There's a possibility...
That all that I had was all I'm gonna get.

27 de novembro de 2009

Dor

"Era paralisante, aquela sensação de que um buraco imenso tinha sido cavado em meu peito e que meus órgãos mais vitais tinham sido arrancados por ele, restando apenas sobras, cortes abertos que continuavam a latejar e a sangrar apesar do passar do tempo. Racionalmente, eu sabia que meus pulmões ainda estavam intactos, e no entanto eu arfava e minha cabeça girava como se meus esforços não dessem em nada. Meu coração também devia estar batendo, mas eu não conseguia ouvir o som de minha pulsação nos ouvidos; minhas mãos pareciam azuis de frio. Eu me encolhi, abraçando as costelas para não partir ao meio. Lutei para ter meu torpor, minha negação, mas isso me fugia."

Pensamentos de Bella Swan em Lua Nova.

Praticamente meus próprios pensamentos.

26 de novembro de 2009

Harder to breathe

Chega a ser engraçado a certas horas do dia se perguntar onde foram parar seus próprios pulmões.

Porque a cada minuto respirar se parece mais com inalar fogo.

19 de novembro de 2009

As bordas

Queimam.
Repuxam.
Ardem.

Cada dia mais difícil respirar.

18 de novembro de 2009

Bella's Lullaby


Depois de encarar o choque - e gravar em minha memória imagens e sensações que talvez demorem anos para esmaecer -, fugir passou constantemente a me parecer uma opção atraente.

Não exatamente fugir da responsablidade - aquelas coisas das quais outras pessoas dependem, como trabalhar, servir de motorista entre as intermináveis visitas ao médico, ou sorrir mecanicamente para qualquer tentativa de contato com outros seres humanos.

Mas fugir de pensar no assunto, de remoer o presente e tentar definir o futuro em meio à névoa espessa que paira frente a meus olhos - ah, isso começou a se tornar tão atraente quanto... minha marca pessoal de heroína.

A analogia já diz tudo: em menos de 10 dias, passei de crítica ferrenha a praticamente mais uma personagem no universo da sensação adolescente do momento - Crepúsculo (ou Prepúcio, como insiste em chamar um dos meus irmãos). Há dois fins de semana, baixamos o filme e eu assisti três vezes. Quatro dias atrás, comprei os dois primeiros livros da saga - foram quase 800 páginas devoradas em menos de 48 horas. Dois dias depois, rendi-me ao impulso e completei a coleção: o DVD duplo, os dois últimos livros. O filme no iPhone e a trilha em loop no iPod.

De alguma forma, transportar-me para um universo onde vampiros são ricos, belos e protetores; onde lobos são divertidos e ardentes; onde pais e mães gozam de perfeita saúde... onde a protagonista tem sentimentos a respeito de si própria tão parecidos com os meus - pouco valor, uma descoordenação física patológica, muita introspecção escondida embaixo de toneladas de sarcasmo, quase ou nenhuma sensação de merecimento e, ocasionalmente, pensamentos suicidas... de alguma maneira doentia, isto proporciona algumas lufadas de sanidade entre minhas tentativas desesperadas de respirar a realidade - aquela na qual me faltam pulmões e coração, e as bordas da ferida provocada pelo buraco no peito não param um segundo sequer de queimar.

Olhando por um lado mais cético sei que, da mesma forma em que me demorei semanas vivenciando puro desprendimento ao ouvir Liz on Top of The World, da trilha de Pride and Prejudice, ainda me prenderei algum tempo à dor, resignação e esperança contidas na melodia simples de Bella's Lulaby.

Para quem não conhece, vale a pena escutar.



Essa noite, no entanto, tive meu primeiro pesadelo. Parece que o tempo corre contra mim. Estou a 2/3 do fim do último livro. Em dois dias estréia o segundo filme. Vejamos até onde o escudo vai.

E só para constar - apesar de morrer de amores pelo Edward, estou sempre tendendo um pouquinho mais pelo Jacob, como uma ironia secreta me dizendo que a vida nunca vai chegar perto de ser perfeita.

17 de novembro de 2009

De mim para a vida

No voy a llorar y decir que no merezco esto
porque es probable que lo merezco pero no lo quiero
por eso me voy que lastima pero adios
me despido de ti y me voy
que lastima pero adios me despido de ti...

Julieta Venegas

9 de novembro de 2009

Everybody Changes

So little time
Try to understand that I'm
Trying to make a move just to stay in the game
I try to stay awake and remember my name
But everybody's changing
And I don't feel the same.