25 de setembro de 2009

Desculpe-por-existir Day II

Só por Hoje
Legião Urbana

Composição: Renato Russo

Só por hoje eu não quero mais chorar
Só por hoje eu espero conseguir
Aceitar o que passou o que virá
Só por hoje vou me lembrar que sou feliz

Hoje já sei que sou tudo que preciso ser
Não preciso me desculpar e nem te convencer
O mundo é radical

Não sei onde estou indo
Só sei que não estou perdido
Aprendi a viver um dia de cada vez

Só por hoje eu não vou me machucar
Só por hoje eu não quero me esquecer
Que há algumas pouco vinte quatro horas
Quase joguei a minha vida inteira fora

Não não não não
Viver é uma dádiva fatal!
No fim das contas ninguém sai vivo daqui mas -
Vamos com calma !

Só por hoje eu não quero mais chorar
Só por hoje eu não vou me destruir
Posso até ficar triste se eu quiser
É só por hoje, ao menos isso eu aprendi...

24 de setembro de 2009

Desculpe-por-existir Day

No banheiro do trabalho, vejo uma mulher com um vestido que podia ser sobra do figurino da Norminha de Caminho das Índias. Aí reparo que estou toda de preto e parecendo um clone da Perpétua de Tieta.

22 de setembro de 2009

Blame it on the hormones

Insight de última hora.

Descobri a coisa mais sexy do mundo:
Homem que fala de seus próprios sentimentos.

"I love you... most ardently!", ele disse para Lizzy.


Ui!...

21 de setembro de 2009

Suckeeeeeeeer

Such a sucker for romantic comedies...

Such a sucker for strong tatooed arms...

Que Deus me ajude!

15 de setembro de 2009

Só sabe quem já fez...

Caminhada e corrida na calada da meia-noite. Chuva torrencial e boa música no mp3 player.

No outro dia a pessoa morre de sono, mas na hora vale MUITO a pena.


11 de setembro de 2009

E bem na última semana...

...viciei.

Raj é o cara!

3 de setembro de 2009

Até dezembro...

...eu volto a este corpo.

JURO.

2 de setembro de 2009

Historinha da vida real

O rio visto do alto

Ela se despediu do motorista e desceu, apressada, do veículo branco. No mesmo momento girou sobre os calcanhares e deu alguns passos em direção à rua que a separava de seu destino - o edifício de 16 andares onde realizaria o evento no dia seguinte. No meio do movimento, no entanto, voltou à posição inicial e se forçou a observar a paisagem. Eram três e pouca de uma tarde no início de setembro, e o sol se refletia sobre o rio, realçando as pontes que o entrecortavam delicadamente.

Se deu ao luxo de perder dez segundos observando a água que, inexoravelmente, corria para seu destino.

O rio sempre estivera lá. Porque só agora se dera conta de como era belo? Porque era tão difícil parar para observar a vida acontecendo?

Trabalhava em uma sala sem janelas - só um vidro a separando de um corredor. Não tinha noção de quando era dia ou noite e mesmo assim, num momento como aquele, enquanto circulava por um dos cartões-postais da cidade, teve literalmente que se forçar para *sentir* o que via. O redemoinho de preocupações, queixas, responsabilidades e contas a pagar estava consumindo cada célula do seu ser. *Por isso* não percebera o rio naquela tarde. Raramente percebia.

Ela era a cidadã padrão. Sempre parava para ouvir os queixumes do pai ou da mãe. Ou dos irmãos. Ou dos amigos. Tentava dar atenção ao problema de todos, e acabava absorvendo as preocupações alheias por tabela. Alguém lhe disse um dia que se o cachorro do amigo de um vizinho adoecesse, certamente ela passaria a noite em claro. A pessoa estava coberta de razão.

Naquele dia em especial, tinha praticamente envelhecido uma década. Acordara cedo, fizera alguns exames de saúde, chegara ao trabalho e descobrira um cliente insatisfeito aos berros. A culpa não era dela, mas a esta altura já estava muito perto de um colapso nervoso até para argumentar. Não gostava ser acusada de incompetência. Foi na correria para resolver a situação que se viu diante do rio.

Balançando a cabeça para afastar os pensamentos, respirou fundo, endireitou os ombros e atravessou a rua. Precisava mudar.

A primeira tentativa de parecer mais segura não foi muito eficaz. Chegando na portaria do prédio, estava tão tomada pelo torvelinho de preocupações que começou a gaguejar no segundo em que abriu a boca. *Detestava* gaguejar. Não era de sua personalidade. Respirou fundo e tentou se controlar, mas o medo de encontrar a sala de eventos aos pedaços era maior que sua força de vontade. A pessoa que reservara o espaço fizera questão de frisar um ligeiro estado de abandono no local. Um grande problema, com certeza. Fez uma prece ao entrar no elevador - não pela sala, mas para não ficar presa naquele cubículo. Também *detestava* elevadores.

Chegando ao último andar, teve a grata surpresa de encontrar um espaço encantador, com janelas de vidro revelando o verde do mar e o brilho do sol no rio lá embaixo. Sentiu as pernas fraquejarem de alívio e gratidão, e quase se ajoelhou diante do rapaz da manutenção pelo excelente estado do local. Quase. Mas teve certeza que o rapaz a achou uma maluca completa.

Desceu com um sorriso no rosto e caminhou de volta ao trabalho - à sala sem janelas, aos telefones tocando ininterruptamente, à lista quilométrica de pendências.

Mas desta vez, fez questão de prestar atenção em todos os detalhes do caminho.

Talvez a coisa desse certo.