31 de dezembro de 2009

It's real love




Aquela menina nunca tinha experimentado uma sensação tão poderosa. Tão potente e, ao mesmo tempo, tão libertadora. Com sete anos de idade, o impulso irrefreável de rir, chorar e dançar a mesmo tempo a apavorava tanto quanto a fascinava. Tudo por causa de uma música.

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Em 2009 voltei de fato a estudar. Fiz a viagem de lua-de-mel sonhada havia anos, e cortei meu cabelo curto tantas vezes quanto desejei que eles ficassem logo longos. Presenciei a chegada de um milagre à vida de uma amiga querida, e dei as boas-vindas a meus primeiros cabelos brancos. No ano da minha volta de saturno, perdi a razão da minha vida e simplesmente me deixei esvaziar.

Então qual a surpresa quando, nos últimos suspiros do ano, percebi ter recomeçado a construir minha alma, tijolo por tijolo, justamente com o estofo do qual originalmente eu era feita?

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Quando eu era criança, um vinil com capa preta e branca me apresentou ao mundo fantástico dos Beatles. O album era With The Beatles, e minha música preferida era Hold me Tight. A melodia contagiante e o ritmo das palmas sempre pareceram um mantra para mim, impelindo-me a outros estágios de consciência. Da mesma forma como It won't be long me traz a recordação onírica de uma longa viagem de ônibus pela cidade, num dia de chuva intensa. Uma alameda ladeada por altas árvores, evocando libertação e familiaridade. Basta dizer que aos nove anos eu economizava dinheiro com o único fim de comprar mais vinis dos meus amados cabeludos.

É com eles que vou passar a virada do ano -- me reconstruindo, segundo após segundo, com a energia fantástica que emana de cada uma de suas obras. Refazendo a base de minha personalidade para encarar novamente em alguns dias o mundo que me aguarda --- o mundo que não parou enquanto eu morria, nem está interessado em conhecer minha dor.

Espero estar suficientemente preparada.

Que 2010 seja o ano da (re)descoberta. Sejamos felizes e infelizes, mas sejamos nós mesmos -- plenamente conscientes & true to ourselves.

29 de dezembro de 2009

Uma fase Lennon da vida...

...pede um clássico como esse.

HELP!



Help, I need somebody,
Help, not just anybody,
Help, you know I need someone, help.

When I was younger, so much younger than today,
I never needed anybody's help in any way.
But now these days are gone, I'm not so self assured,
Now I find I've changed my mind and opened up the doors.

Help me if you can, I'm feeling down
And I do appreciate you being round.
Help me, get my feet back on the ground,
Won't you please, please help me?

And now my life has changed in oh so many ways,
My independence seems to vanish in the haze.
But every now and then I feel so insecure,
I know that I just need you like I've never done before.

Help me if you can, I'm feeling down
And I do appreciate you being round.
Help me, get my feet back on the ground,
Won't you please, please help me.

When I was younger, so much younger than today,
I never needed anybody's help in any way.
But now these days are gone, I'm not so self assured,
Now I find I've changed my mind and opened up the doors.

Help me if you can, I'm feeling down
And I do appreciate you being round.
Help me, get my feet back on the ground,
Won't you please, please help me, help me, help me, oh.

27 de dezembro de 2009

Para estar junto não é preciso estar perto, e sim do lado de dentro.

24 de dezembro de 2009

Pensamentinho

Definitivamente, a noite é a pior parte.

Eternal sunshine of the spotless mind!

How happy is the blameless vestal's lot!
The world forgetting, by the world forgot.
Eternal sunshine of the spotless mind!
Each pray'r accepted, and each wish resign'd;

Labour and rest, that equal periods keep;
"Obedient slumbers that can wake and weep;"
Desires compos'd, affections ever ev'n,
Tears that delight, and sighs that waft to Heav'n.
Grace shines around her with serenest beams,
And whisp'ring angels prompt her golden dreams.

Excerpt from Eloisa to Abelard, by Alexander Pope

23 de dezembro de 2009

But I'll Be True To You

Por essas e outras é que gosto tanto do estilo de Stephenie Meyer: ela consegue ser tão melodramática quanto eu.

"Eu parecia uma lua perdida -- meu planeta destruído em algum cenário desolado de cinema-catástrofe -- que continuava, apesar de tudo, a rodar numa órbita muito estreita pelo espaço vazio que ficou, ignorando as leis da gravidade."

Bella Swan, em Lua Nova.

Para combinar, a trilha sonora do dia - Satellite Heart, de Anya Marina.



Satellite Heart

So Pretty, So Smart
Such A Waste Of A Young Heart
What a Pitty What a Sham
What's The Matter With You Man?

Don't You See What's Wrong
Can't You Get It Right?
Outta Mind, And Outta Sight
Call On All Your Girls
Don't Forget The Boys
Put a Lid On All That Noise

I'm A Satellite Heart
Lost In The Dark
I'm Spun Out So Far, You Stop I Start
But I'll Be True To You

I Hear Your Living Out Of State
Runnin' In A Whole New Scene
You Know I Haven't Slept In Weeks
You're The Only Thing I See

I'm A Satellite Heart
Lost In The Dark
I'm Spun Out So Far, You Stop I Start
But I'll Be True To You

No Matter What You Do, Yeah I'll Be True To You.

16 de dezembro de 2009

O céu ganhou uma nova estrela


Só existiam duas explicações para o que estava acontecendo. E uma delas envolvia uma dose massiva de ironia por parte das forças divinas -- então, para não blasfemar, preferi considerar apenas a seguda opção.

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À beira dos trinta anos, descobri ter uma resposta pronta, imediata -- e sincera -- para a clássica pergunta "qual seu maior medo?". Estupidamente, se trata de um fato do qual é simplesmente impossível fugir: a morte dos meus pais. Tendo isso em mente, só era possível admitir que fazia parte da minha missão neste mundo adentrar três vezes ao dia uma asséptica sala de UTI para dar de cara com o corpo inerte do meu pai -- a esta altura totalmente sedado, ligado a meia dúzia de tubos de soro e a uma máquina pavorosa que empurrava com força brutal o ar para dentro do que restava de seus pulmões.

Depois dele ter implorado, eu um dos últimos atos de consciência, para que eu o levasse para dormir em minha casa porque "sabia que estava chegando ao fim", seria de se esperar que encarar a inconsciência fosse uma tarefa um pouco menos dolorida. Mas vê-lo naquela forma de semi-cadáver tirou de mim em um único golpe qualquer resquício de força que pudesse restar em meu corpo. Na altura da última visita da noite, meu cérebro gritava histericamente para que as pernas dessem meia-volta e se afastassem dali o mais rápido possível. Mas aí uma vozinha falou no fundo da minha cabeça: "E se ESSE for o desafio da sua vida?"

De repente as coisas pareceram fazer mais sentido. Se estamos neste planeta por algum motivo, acredito piamente que ele seja CRESCER. Melhorar. Avançar. Como diz aquela música, em algum momento da vida o ser humano precisa aprender: "reconhece a queda e não desanima. Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima". Meu pai, mesmo dormindo profundamente, precisava de mim. E eu não podia desistir só porque estar com ele naquela momento era a concretização dos meus mais selvagens e dolorosos pesadelos, podia? Afinal de contas, durante toda a vida ele escalou montanhas por mim. Abriu oceanos. Parou tempestades. Como eu poderia deixar o medo me afastar?

Respirei fundo. Uma vez. Duas. Três.

Adentrei a sala e me concentrei em aproveitar meu quinhão de 15 minutos para dizer suavemente em seu ouvido, enquanto segurava sua mão, o quanto ele tinha sido maravilhoso. Como ele foi perfeito em todas as horas da vida, e tinha transformado três bebezinhos -- meus irmãos e eu -- em cidadãos honestos, justos, instruídos. Acima de tudo, falei do quanto ele foi, é e sempre será amado. Que seu coração e o meu nunca iriam se separar; porque enquanto eu existisse, uma parte dele estaria sempre viva; que Deus tinha me abençoado por ter sido a menininha do papai -- e graças a isso nunca perdi uma oportunidade de mostrar o quanto ele era vital para minha existência (e sanidade).

Também fiz questão de dizer que ele estava livre para seguir seu caminho. Que se libertasse deste corpo incômodo, não se prendendo ao que ficou, e fosse alegremente para o lado dos entes queridos que já nos deixaram. Aqui, a gente daria conta do recado -- afinal de contas, fomos educados pelos melhores pais que o mundo poderia conceber.

Quando a enfermeira informou que a visita estava encerrada, beijei sua mão e sua cabeça, como sempre fiz a vida toda, e saí da sala com uma estranha sensação de alívio.

Eu não sabia que aquela seria a última vez que veria seu coração batendo.

Meu melhor amigo, meu protetor, meu conselheiro, meu mecânico, motorista e encanador, meu exemplo de vida, nos deixou hoje às 7h15 da manhã. Nesta exata hora, acordei de repente de um sono agitado e senti uma brisa de conforto e alívio passando por mim. Tenho certeza que era ele, minha alma gêmea, passando para se despedir. Não senti medo nem dor - só um grande vazio que mais tarde, suponho, será preenchido com uma enorme saudade. Mas no fundo de minha alma, tenho certeza de uma coisa: ele me perdoou por não tê-lo levado para dormir em minha casa naquele dia.

Agora, como diz meu sobrinho de quatro anos, o céu ganhou mais uma estrela. E é com a sabedoria irrepreensível de Adriana Partimpim que deixo esta homenagem a meu grande herói: JAIRO DE OLIVEIRA ANDRADE.





Saiba

Saiba: todo mundo foi neném
Einstein, Freud e Platão também
Hitler, Bush e Saddam Hussein
Quem tem grana e quem não tem

Saiba: todo mundo teve infância
Maomé já foi criança
Arquimedes, Buda, Galileu
e também você e eu

Saiba: todo mundo teve medo
Mesmo que seja segredo
Nietzsche e Simone de Beauvoir
Fernandinho Beira-Mar

Saiba: todo mundo vai morrer
Presidente, general ou rei
Anglo-saxão ou muçulmano
Todo e qualquer ser humano

Saiba: todo mundo teve pai
Quem já foi e quem ainda vai
Lao-Tsé, Moisés, Ramsés, Pelé
Gandhi, Mike Tyson, Salomé

Saiba: todo mundo teve mãe
Índios, africanos e alemães
Nero, Che Guevara, Pinochet
e também eu e você...


Te amo, pai. A gente se vê.

14 de dezembro de 2009

Quando você pensa que está mal, acredite... PODE PIORAR.

Afinal de contas, quando seu pai está morrendo numa UTI, é praticamente incapacitante ouvir ele te chamar para dizer que sabe estar perto do fim, e pedir um favor: que você o tire dali para dormir na sua casa.

Pela última vez.

"Se você disser não eu não vou aguentar", ele completou.

Pelo menos isso respondeu minha dúvida a respeito das lágrimas -- elas não estão nem perto de secar.

13 de dezembro de 2009

I'm down

Eh como se meus joelhos tivessem magicamente se transformado em borracha. Se o mundo um dia quis me ver no chao, essa eh a ocasiao perfeita: bem em frente a esta porta branca.

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Minha memoria nunca foi um ponto pelo qual me destacasse. Nao que eu seja intelectualmente prejudicada -- aa parte uma timidez compulsiva que me fez passar o primeiro grau praticamente despercebida, sempre fui considerada dotada; boa escritora, perceptiva, com um amplo vocabulario. Mas a memoria eh um capitulo aa parte. Se nao fosse uma agenda surrada que mora no fundo da bolsa, em meio a outras bugingangas indispensaveis como pinca e remedio para as mais diversas enfermidades, as coisas importantes da vida nao seriam mais que uma vaga sensacao no fundo de minha mente.

Mas esta porta... Suponho que apesar da amnesia patologica, esta porta vai habitar meus sonhos -- e pesadelos -- pelo resto de minha existencia. Branca, com tres linhas horizontais exibindo numa letra aquadradada as palavras que minha alma sempre se recusou a aceitar: UTI. ACESSO EXCLUSIVO A PACIENTES.

La dentro, mal acomodado em um leito pequeno e conectado a um sem numero de tubos e aparelhos, meu melhor amigo -- o heroi de minha tola historia de vida, uma das poucas razoes para eu me levantar todos os dias e fingir que pertenco a este mundo.

Meu pai.

Desde o segundo em que descobri que ele tinha cancer -- obviamente meu senso anormal de responsabilidade, que me leva a agir como se fosse a mae de meus pais e nao o contrario, me brindou com a terrivel descoberta em primeira mao -- tenho passado por uma serie de fases que dariam a um psicanalista uma bela tese de doutorado.


Primeiro veio a dor incapacitante.


Era impossivel parar de chorar. Comer. Dormir. Respirar. Como se alguem bastante sadico tivesse enfiado a mao embaixo de minhas costelas e arrancado o que pudesse agarrar: coracao, pulmoes. O que ficou foi so um buraco vazio que latejava constantemente, inflamado e sangrando. Esse periodo durou praticamente um mes, durante o qual nada parecia ter relevancia suficiente para me trazer de volta do mundo dos semi-mortos.


Depois veio a compulsao. Entreguei minha alma aa leitura mais extensa que pude encontrar: a saga Crepusculo, que deve somar mais de duas mil paginas de um texto intrigantemente reconfortante. Ainda agora, quando nao eh estritamente necessario estar verdadeiramente presente em uma situacao, tenho me agarrado aos ja surrados livros como a uma boia -- evitando assim afundar nas aguas negras da depressao que me cercam. Aas vezes intercalo a leitura com o estudo de um livro espirita -- ainda que na maioria das ocasioes as oracoes que faco sejam espontaneas e nao sigam nenhum tipo especifico de cartilha.


Apesar dos joelhos de borracha, que sustentam so parcialmente o peso do corpo, ainda nao encontrei forcas em minha alma para verdadeiramente me prostrar de joelhos e suplicar. Acho que nao sei ao certo pelo que pedir -- por ele, eh claro. Saude eh fisicamente inviavel. Conforto? Ou uma morte rapida? A cada segundo o peso que me puxa para baixo parece maior, esmagando-me como uma pluma marcando a ultima pagina de um dicionario.


Gracas aa exorbitante bondade de minhas colegas de trabalho, assim que as coisas se mostraram serias fui imediatamemte colocada de ferias, aliviando ao menos a obrigacao de procurar algum sentido na rotina pouco edificante e certamente insignificante de assessora de imprensa.


Mas ha muitos dias nao tenho mais lagrimas, so uma dor surda e entorpecedora que ao mesmo tempo me distancia das pessoas ao redor e me torna estranhamente irritada com sua existencia -- como eles podem sorrir enquanto ha tanta dor acontecendo? Como o mundo pode continuar girando enquanto a razao de minha existencia jaz em um leito de hospital, semi inerte atras das portas brancas, decaindo visivelmente a cada dia?


Entre a depressao e a compulsao, houve ainda o desejo da morte. Se era este o caminho mais curto para o reencontro, porque nao optar por seguir meu pai no segundo em que ele partisse? Num momento de loucura, achei ter descoberto nessa opcao a resposta para nunca ter me deixado levar pela questao filhos. Aos quase trinta anos, minha existencia se resume a um trabalho mais estressante que gratificante, pai, mae, dois irmaos e um marido que tem assistido, impotente, minha rapida deterioracao a um estado de zumbi; com muito a fazer na pratica -- cuidar de todos os hiatos do dia a dia que venho negligenciando, como supermercado, faxina, louca, lavanderia -- mas pouco ou nenhum controle sobre meu estado sombrio de espirito. Sim, poucos danos seriam deixados para tras. Mas meu pai nao quereria isso, o que faz de meu futuro um descomunal ponto de interrogacao.


Por enquanto, me acomodo com os fones do iPod enterrados nos ouvidos, precariamente empoleirada em uma maca coberta por um colchao azul, esperando mais uma vez a abertura das portas brancas para o terceiro e ultimo turno de visitas do dia. Tento disfarcar as maos tremulas apertando uma na outra aa frente do corpo, mais uma vez me perguntando se as lagrimas de fato secaram para sempre.


E a ultima frase da musica chama minha atencao como uma chicotada:


"Cause everything, everything ends..."

28 de novembro de 2009

Oh yeah

There's a possibility...
That all that I had was all I'm gonna get.

27 de novembro de 2009

Dor

"Era paralisante, aquela sensação de que um buraco imenso tinha sido cavado em meu peito e que meus órgãos mais vitais tinham sido arrancados por ele, restando apenas sobras, cortes abertos que continuavam a latejar e a sangrar apesar do passar do tempo. Racionalmente, eu sabia que meus pulmões ainda estavam intactos, e no entanto eu arfava e minha cabeça girava como se meus esforços não dessem em nada. Meu coração também devia estar batendo, mas eu não conseguia ouvir o som de minha pulsação nos ouvidos; minhas mãos pareciam azuis de frio. Eu me encolhi, abraçando as costelas para não partir ao meio. Lutei para ter meu torpor, minha negação, mas isso me fugia."

Pensamentos de Bella Swan em Lua Nova.

Praticamente meus próprios pensamentos.

26 de novembro de 2009

Harder to breathe

Chega a ser engraçado a certas horas do dia se perguntar onde foram parar seus próprios pulmões.

Porque a cada minuto respirar se parece mais com inalar fogo.

19 de novembro de 2009

As bordas

Queimam.
Repuxam.
Ardem.

Cada dia mais difícil respirar.

18 de novembro de 2009

Bella's Lullaby


Depois de encarar o choque - e gravar em minha memória imagens e sensações que talvez demorem anos para esmaecer -, fugir passou constantemente a me parecer uma opção atraente.

Não exatamente fugir da responsablidade - aquelas coisas das quais outras pessoas dependem, como trabalhar, servir de motorista entre as intermináveis visitas ao médico, ou sorrir mecanicamente para qualquer tentativa de contato com outros seres humanos.

Mas fugir de pensar no assunto, de remoer o presente e tentar definir o futuro em meio à névoa espessa que paira frente a meus olhos - ah, isso começou a se tornar tão atraente quanto... minha marca pessoal de heroína.

A analogia já diz tudo: em menos de 10 dias, passei de crítica ferrenha a praticamente mais uma personagem no universo da sensação adolescente do momento - Crepúsculo (ou Prepúcio, como insiste em chamar um dos meus irmãos). Há dois fins de semana, baixamos o filme e eu assisti três vezes. Quatro dias atrás, comprei os dois primeiros livros da saga - foram quase 800 páginas devoradas em menos de 48 horas. Dois dias depois, rendi-me ao impulso e completei a coleção: o DVD duplo, os dois últimos livros. O filme no iPhone e a trilha em loop no iPod.

De alguma forma, transportar-me para um universo onde vampiros são ricos, belos e protetores; onde lobos são divertidos e ardentes; onde pais e mães gozam de perfeita saúde... onde a protagonista tem sentimentos a respeito de si própria tão parecidos com os meus - pouco valor, uma descoordenação física patológica, muita introspecção escondida embaixo de toneladas de sarcasmo, quase ou nenhuma sensação de merecimento e, ocasionalmente, pensamentos suicidas... de alguma maneira doentia, isto proporciona algumas lufadas de sanidade entre minhas tentativas desesperadas de respirar a realidade - aquela na qual me faltam pulmões e coração, e as bordas da ferida provocada pelo buraco no peito não param um segundo sequer de queimar.

Olhando por um lado mais cético sei que, da mesma forma em que me demorei semanas vivenciando puro desprendimento ao ouvir Liz on Top of The World, da trilha de Pride and Prejudice, ainda me prenderei algum tempo à dor, resignação e esperança contidas na melodia simples de Bella's Lulaby.

Para quem não conhece, vale a pena escutar.



Essa noite, no entanto, tive meu primeiro pesadelo. Parece que o tempo corre contra mim. Estou a 2/3 do fim do último livro. Em dois dias estréia o segundo filme. Vejamos até onde o escudo vai.

E só para constar - apesar de morrer de amores pelo Edward, estou sempre tendendo um pouquinho mais pelo Jacob, como uma ironia secreta me dizendo que a vida nunca vai chegar perto de ser perfeita.

17 de novembro de 2009

De mim para a vida

No voy a llorar y decir que no merezco esto
porque es probable que lo merezco pero no lo quiero
por eso me voy que lastima pero adios
me despido de ti y me voy
que lastima pero adios me despido de ti...

Julieta Venegas

9 de novembro de 2009

Everybody Changes

So little time
Try to understand that I'm
Trying to make a move just to stay in the game
I try to stay awake and remember my name
But everybody's changing
And I don't feel the same.

25 de outubro de 2009

Porque tem situações na vida em que você fica tão apavorado que não tem coragem nem de desligar o computador, sair da mesa da sala e ir pro quarto dormir.

24 de outubro de 2009

Put me out

of my misery.

22 de outubro de 2009

5 de outubro de 2009

Porque tem horas na vida...

...em que a inércia passa e te bate o cagaço.

Ou: pequeno currículo (não-amoroso).

Enfim.

A Lua brilha alta no céu. E eu aqui, olhos sonolentos e coração apertado, me pego tentando enumerar minhas habilidades. Enquanto jornalista, me considero boa escritora - sem grandes arroubos de genialidade, mas acima da média em termos de correção e classe. Tenho um talento nato para idiomas - as últimas duas noites foram viradas em função da tradução de um capítulo de livro, e posso dizer sem falsa modéstia que o resultado coloca muita empresa juramentada em maus lençóis. Também gosto de brincar com imagens - fotografia me fascina, edição também. Recebo elogios constantemente a respeito de minhas habilidades nesta área (quem duvidar pode passar um olho aqui).

Então porque esta sensação de tragédia iminente que vez por outra me assola? Será que a inércia vai cantar vitória em definitivo nesta morada, me impedindo de crescer para outras áreas da vida? Será que vou viver e morrer assalariada, oprimida e sem perspectivas?

A esta hora da madrugada, a única resposta é a dos grilos cricrilando lá fora.

1 de outubro de 2009

In my life

6h - Toca o despertador. Desligo automaticamente.

6h às 7h15 - Brigo contra a gravidade, que tenta fazer com que meus olhos não abram depois das (poucas) horas de sono.

7h15 às 7h45 - Arrumo a roupa, tomo banho, escovo os dentes (no banho) e passo fio dental (no banho).

7h45 às 8h - Café da manhã: meio mamão, meio copo de iogurte desnatado e duas bolachas integrais. Entre uma bolacha e outra, atendo telefonema de minha mãe reclamando que ninguém dá atenção a ela.

8h às 8h45 - Corrida contra o tempo para chegar ao trabalho. Para evitar uma caminhada de 20 minutos, pego dois ônibus e sou abordada no segundo por uma simpática (?) velhinha que me previne dos males de se tomar chá de maconha (juro!!!).

8h45 às 9h - Chegada no trabalho. Leitura dinâmica dos e-mails. Leitura de jornal nem pensar.

9h às 10h30 - Reunião. O ponto alto é a decisão de adiar todas as decisões para uma nova reunião daqui a uma semana.

10h30 - Lanche da manhã: uma laranja cravo.

10h30 às 12h - Trabalho.

12h01 - No exato momento em que levanto para almoçar, alguém liga e me arruma mais trabalho.

12h20 - Finalmente almoço. No boteco mais derrubado da região. Arrumo briga com o responsável pela balança porque o peito de frango está cru. Ganho 80 gramas de charque grátis.

12h40 - Passadinha na carrocinha de frutas da esquina para comprar a sobremesa: um saquinho higienicamente duvidoso com uma fatia de mamão, uma de melão e uma de melancia.

13h - Volta ao trabalho.

14h40 - Telerreunião com a filial de Curitiba. Honestamente, não faço idéia do que se resolveu nessa.

15h - Lanche da tarde - Três bolachas integrais. 111 calorias de pura alegria.

15h às 18h - Mais trabalho.

18h17 - Corrida ao banheiro para um xixi rápido antes das próximas atividades.

18h18 - Uh-oh. Encontro com uma conhecida no banheiro que acabou de colocar mega-hair. Ela me pergunta, com uma cara angustiada, se "ficou bom meeeesmo".

18h35 - Consigo sair do banheiro. Jogo todos os meus pertences na bolsa e arrumo uma carona de dois quarteirões até o início da caminhada diária até a faculdade onde faço pós-graduação à noite.

19h15 - Bem lembrado: preciso passar na farmácia para comprar remédio para a dor no pé. Aproveitando, levo logo uma cartela de relaxante muscular, que nunca é demais.

19h - Não resistindo à fome, paro em um atacadão-mega-ultra-popular para comer uma fatia de torta de frango e um suco de abacaxi com adoçante.

19h25 - Encontro com um amigo de infância de meu irmão mais velho na lanchonete do atacadão. Atualizo o cidadão dos últimos cinco anos de vida da família.

19h35 - Subo os quatro andares até a sala de aula. De escada, que é pra aproveitar o exercício. Chego na aula tão esbaforida que me perguntam se vim direto do trabalho. Correndo.

19h35 às 21h45 - Aula. Balanced scorecard. Delícia. (ironia)

21h50 - Corro até o ponto de táxi mais próximo. Só uma passadinha na casa dos pais, me prometo, e depois vou direto pra cama.

22h15 - Depois de um abraço no pai e na mãe, chego em casa. Enquanto dedico cinco minutos a conversar com o marido sobre como foi o dia, recebo ligação do irmão mais velho.

22h30 - Ligo de novo pro irmão mais velho, só pra contar que encontrei com o amigo de infância dele no atacadão.

22h40 - Coloco água no fogo para fazer um chá e como meio mamão.

22h50 - Vou para o computador para escanear o material do trabalho que será apresentado na aula de amanhã.

23h - Merda. Esqueci o chá no fogo.

23h15 - Não consigo fazer o scanner funcionar. Enquanto isso, não custa nada passar uma vista no e-mail.

23h20 - Antes de olhar o e-mail, eu bem que podia dar uma olhada no site de fofocas sobre celebridades...

23h30 - Inspirada pelo e-mail de uma amiga, resolvo descrever meu dia no blog.

23h40 - Tenho minhas dúvidas se ainda me restam forças para tomar banho antes de dormir.

23h53 - Consigo escanear o documento. A ordem das páginas está toda errada, mas que se dane.

23h54 - Merda. Esqueci de tomar o remédio para dor no pé. Melhor sair do computador antes que não consiga chegar na cama e acabe dormindo no meio do corredor mesmo. Com a roupa que passei o dia inteirinho na rua e sem tomar banho.

0h - Entro embaixo da gloriosa água quente do chuveiro, só para me dar conta de que esqueci de trazer a toalha. Considero seriamente a idéia de mandar a ecologia às favas e dormir sentada no box, com a água ligada, até a hora em que meu marido acorde amanhã cedo e possa ir buscar uma toalha seca pra mim no armário.

0h10 - Molho o banheiro todo e consigo uma toalha no armário.

0h15 - Enxugo o banheiro todo.

0h20 - Camaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!! Aleluia! Mas antes acho que vou colocar a compressa de água gelada no pé...

Exigências da vida moderna (quem aguenta tudo isso???)

(recebido de Bu por e-mail)

Dizem que todos os dias você deve comer uma maçã por causa do ferro.
E uma banana pelo potássio.
E também uma laranja pela vitamina C.

Uma xícara de chá verde sem açúcar para prevenir o diabetes.
Todos os dias deve-se tomar ao menos dois litros de água.
E depois uriná-los, o que consome o dobro do tempo.
Todos os dias deve-se tomar um Yakult pelos lactobacilos (que ninguém sabe bem o que é, mas que aos bilhões, ajudam a digestão).

Cada dia uma Aspirina, previne infarto.
Uma taça de vinho tinto também.
Uma de vinho branco estabiliza o sistema nervoso.
Um copo de cerveja, para... não lembro bem para o que, mas faz bem.
O benefício adicional é que se você tomar tudo isso ao mesmo tempo e tiver um derrame, nem vai perceber.........

Todos os dias deve-se comer fibra.
Muita, muitíssima fibra.
Fibra suficiente para fazer um pulôver.
Você deve fazer entre quatro e seis refeições leves diariamente.
E nunca se esqueça de mastigar pelo menos cem vezes cada garfada.
Só para comer, serão cerca de cinco horas do dia. UFA !!!

E não esqueça de escovar os dentes depois de comer.
Ou seja, você tem que escovar os dentes depois da maçã, da banana, da laranja, das seis refeições e enquanto tiver dentes, passar fio dental, massagear a gengiva, escovar a língua e bochechar com Plax. Melhor, inclusive, ampliar o banheiro e aproveitar para colocar um equipamento de som, porque entre a água, a fibra e os dentes, você vai passar ali várias horas por dia.

Há que se dormir oito horas por noite e trabalhar outras oito por dia, mais as cinco comendo são vinte e uma. Sobram três, desde que você não pegue trânsito. TÁ DIFICILLLLL

As estatísticas comprovam que assistimos três horas de TV por dia. Menos você, porque todos os dias você vai caminhar ao menos meia hora (por experiência própria, após quinze minutos dê meia volta e comece a voltar, ou a meia hora vira uma).

E você deve cuidar das amizades, porque são como uma planta: devem ser regadas diariamente, o que me faz pensar em quem vai cuidar das minhas amizades quando eu estiver viajando.

Deve-se estar bem informado também, lendo dois ou três jornais por dia para comparar as informações.

Ah! E o sexo!!!!
Todos os dias, um dia sim, o outro também, tomando o cuidado de não se cair na rotina.

Há que ser criativo, inovador para renovar a sedução.

Dizer EU TE AMO, toda hora, ''ainda pego quem inventou essa neura...que saco!!!'' isso leva tempo e nem estou falando de sexo tântrico.

Também precisa sobrar tempo para varrer, passar, lavar roupa, pratos e espero que você não tenha um bichinho de estimação. se tiver tem que brincar com ele, pelo menos meia hora todo dia, para ele não ficar deprimido....

Na minha conta são 29 horas por dia.

A única solução que me ocorre é fazer várias dessas coisas ao mesmo tempo!!!

Tomar banho frio com a boca aberta, assim você toma água e escova os dentes ao mesmo tempo.

Chame os amigos e seus pais, seu amor, o sogro, a sogra, os cunhados...
Beba o vinho, coma a maçã e dê a banana na boca da sua mulher. Não esqueça do EU TE AMO, (Vou achar logo quem inventou isso, me aguarde).

Ainda bem que somos crescidinhos, senão ainda teria um Danoninho e se sobrarem 5 minutos, uma colherada de leite de magnésio.

Agora voce tá ferrado mesmo é se tiver criança pequena, ai lascou de vez, porque o tempo que ia sobrar para voce...meu, já era. Criança ocupa um tempo danado.

Agora tenho que ir.

É o meio do dia, e depois da cerveja, do vinho e da maçã, tenho que ir ao banheiro e correndo.

E já que vou, levo um jornal...

Tchau....

Se sobrar um tempinho, me manda um e-mail.


Luís Fernando Veríssimo (?)

25 de setembro de 2009

Desculpe-por-existir Day II

Só por Hoje
Legião Urbana

Composição: Renato Russo

Só por hoje eu não quero mais chorar
Só por hoje eu espero conseguir
Aceitar o que passou o que virá
Só por hoje vou me lembrar que sou feliz

Hoje já sei que sou tudo que preciso ser
Não preciso me desculpar e nem te convencer
O mundo é radical

Não sei onde estou indo
Só sei que não estou perdido
Aprendi a viver um dia de cada vez

Só por hoje eu não vou me machucar
Só por hoje eu não quero me esquecer
Que há algumas pouco vinte quatro horas
Quase joguei a minha vida inteira fora

Não não não não
Viver é uma dádiva fatal!
No fim das contas ninguém sai vivo daqui mas -
Vamos com calma !

Só por hoje eu não quero mais chorar
Só por hoje eu não vou me destruir
Posso até ficar triste se eu quiser
É só por hoje, ao menos isso eu aprendi...

24 de setembro de 2009

Desculpe-por-existir Day

No banheiro do trabalho, vejo uma mulher com um vestido que podia ser sobra do figurino da Norminha de Caminho das Índias. Aí reparo que estou toda de preto e parecendo um clone da Perpétua de Tieta.

22 de setembro de 2009

Blame it on the hormones

Insight de última hora.

Descobri a coisa mais sexy do mundo:
Homem que fala de seus próprios sentimentos.

"I love you... most ardently!", ele disse para Lizzy.


Ui!...

21 de setembro de 2009

Suckeeeeeeeer

Such a sucker for romantic comedies...

Such a sucker for strong tatooed arms...

Que Deus me ajude!

15 de setembro de 2009

Só sabe quem já fez...

Caminhada e corrida na calada da meia-noite. Chuva torrencial e boa música no mp3 player.

No outro dia a pessoa morre de sono, mas na hora vale MUITO a pena.


11 de setembro de 2009

E bem na última semana...

...viciei.

Raj é o cara!

3 de setembro de 2009

Até dezembro...

...eu volto a este corpo.

JURO.

2 de setembro de 2009

Historinha da vida real

O rio visto do alto

Ela se despediu do motorista e desceu, apressada, do veículo branco. No mesmo momento girou sobre os calcanhares e deu alguns passos em direção à rua que a separava de seu destino - o edifício de 16 andares onde realizaria o evento no dia seguinte. No meio do movimento, no entanto, voltou à posição inicial e se forçou a observar a paisagem. Eram três e pouca de uma tarde no início de setembro, e o sol se refletia sobre o rio, realçando as pontes que o entrecortavam delicadamente.

Se deu ao luxo de perder dez segundos observando a água que, inexoravelmente, corria para seu destino.

O rio sempre estivera lá. Porque só agora se dera conta de como era belo? Porque era tão difícil parar para observar a vida acontecendo?

Trabalhava em uma sala sem janelas - só um vidro a separando de um corredor. Não tinha noção de quando era dia ou noite e mesmo assim, num momento como aquele, enquanto circulava por um dos cartões-postais da cidade, teve literalmente que se forçar para *sentir* o que via. O redemoinho de preocupações, queixas, responsabilidades e contas a pagar estava consumindo cada célula do seu ser. *Por isso* não percebera o rio naquela tarde. Raramente percebia.

Ela era a cidadã padrão. Sempre parava para ouvir os queixumes do pai ou da mãe. Ou dos irmãos. Ou dos amigos. Tentava dar atenção ao problema de todos, e acabava absorvendo as preocupações alheias por tabela. Alguém lhe disse um dia que se o cachorro do amigo de um vizinho adoecesse, certamente ela passaria a noite em claro. A pessoa estava coberta de razão.

Naquele dia em especial, tinha praticamente envelhecido uma década. Acordara cedo, fizera alguns exames de saúde, chegara ao trabalho e descobrira um cliente insatisfeito aos berros. A culpa não era dela, mas a esta altura já estava muito perto de um colapso nervoso até para argumentar. Não gostava ser acusada de incompetência. Foi na correria para resolver a situação que se viu diante do rio.

Balançando a cabeça para afastar os pensamentos, respirou fundo, endireitou os ombros e atravessou a rua. Precisava mudar.

A primeira tentativa de parecer mais segura não foi muito eficaz. Chegando na portaria do prédio, estava tão tomada pelo torvelinho de preocupações que começou a gaguejar no segundo em que abriu a boca. *Detestava* gaguejar. Não era de sua personalidade. Respirou fundo e tentou se controlar, mas o medo de encontrar a sala de eventos aos pedaços era maior que sua força de vontade. A pessoa que reservara o espaço fizera questão de frisar um ligeiro estado de abandono no local. Um grande problema, com certeza. Fez uma prece ao entrar no elevador - não pela sala, mas para não ficar presa naquele cubículo. Também *detestava* elevadores.

Chegando ao último andar, teve a grata surpresa de encontrar um espaço encantador, com janelas de vidro revelando o verde do mar e o brilho do sol no rio lá embaixo. Sentiu as pernas fraquejarem de alívio e gratidão, e quase se ajoelhou diante do rapaz da manutenção pelo excelente estado do local. Quase. Mas teve certeza que o rapaz a achou uma maluca completa.

Desceu com um sorriso no rosto e caminhou de volta ao trabalho - à sala sem janelas, aos telefones tocando ininterruptamente, à lista quilométrica de pendências.

Mas desta vez, fez questão de prestar atenção em todos os detalhes do caminho.

Talvez a coisa desse certo.

31 de agosto de 2009

Eu já fui Jane Austen

Pelo menos em pensamento.

Há alguns dias o destino me colocou novamente nas mãos um caderno amarelado, de capa esmaecida e espiral torta. Rabiscado de cima a baixo, era o livro que escrevi na época de meus 17 anos.

Ah, memória!... lembrei do quanto os livros moldaram minha personalidade. De quanto as heroínas dos romances eram parte de quem eu sou. Do quanto estou diferente de então. E, horror dos horrores, me dei conta de que era uma pessoa melhor naquela época.

Madrugada. Lua vista da janela do quarto.

Sábio destino. Traz de volta a você coisas que você nunca ousaria em lembrar.

12 de agosto de 2009

Insight do dia

Revoada em São Lourenço do Sul, RS

A primavera vai apontando ali na esquina. E junto com o renascer das tardes frescas e ensolaradas, vai voltando minha necessidade de me voltar para dentro e, ao mesmo tempo, me abrir para o mundo.

Como se nos últimos meses eu tivesse desligado o botãozinho da conexão com o universo, da espiritualidade.

Porque motivo mesmo a gente vive correndo de um lado para o outro, sem olhar para os lados; sem sentir o cheiro ou o sabor das coisas? Beats me.

Voltei a meditar. Voltei a ouvir música instrumental. Voltei a respirar fundo e ver as flores pelo caminho.

Como diria o velho Chico, AGORA SIM eu tô voltando.


Tô Voltando

Pode ir armando o coreto
E preparando aquele feijão preto
Eu tô voltando

Põe meia dúzia de Brahma pra gelar
Muda a roupa de cama
Eu tô voltando

Leva o chinelo pra sala de jantar
Que é lá mesmo que a mala eu vou largar
Quero te abraçar, pode se perfumar
Porque eu tô voltando

Dá uma geral, faz um bom defumador
Enche a casa de flor
Que eu tô voltando

Pega uma praia, aproveita, tá calor
Vai pegando uma cor
Que eu tô voltando

Faz um cabelo bonito pra eu notar
Que eu só quero mesmo é despentear
Quero te agarrar
Pode se preparar porque eu tô voltando

Põe pra tocar na vitrola aquele som
Estréia uma camisola
Eu tô voltando

Dá folga pra empregada
Manda a criançada pra casa da avó
Que eu to voltando

Diz que eu só volto amanhã se alguém chamar
Telefone não deixa nem tocar
Quero lá, lá, lá, ia, porque eu to voltando

Meu horóscopo precisa de análise


Não foi antes de ontem que ele me disse que estou em fase de recolhimento?


Hoje até 04/09, o planeta Vênus estará transitando pela sétima casa do seu mapa astral, Fabiana, e este tende a ser o melhor momento do ano para associações, coligações, acordos. A coisa vai desde um namoro firme, até um melhor entendimento com alguém com quem você já namore, enveredando pela área do trabalho também: fase boa para fazer acordos, assinar contratos, chegar a um ponto consensual. Por conseqüência, quem tem pendências na justiça pode se beneficiar de acordos neste momento em particular.

Este é um momento em que o prazer e a felicidade vêm dos relacionamentos. Você estará projetando muito da sua beleza interior para os outros, vendo esta beleza nos outros, achando as pessoas mais interessantes, mais bonitas. Isso favorece a sua disposição para as relações.

10 de agosto de 2009

Já disse meu horóscopo


Neste período, que vai de 10/08 (Hoje) a 13/08, a passagem do Sol pelo setor das crises pessoais e a Lua na Casa 4, sendo que um está em harmonia com o outro, pode se revelar uma fase muitíssimo favorável para seus processos de auto-análise e aprofundamento de alma.

Tende a ser um período em que você, Fabiana, descobre uma série de recursos interiores muito especiais, qualidades pessoais que você raramente usa, mas que são significativas e que têm o potencial de lhe ajudar a solucionar uma série de questões!

Não é um período lá muito "sociável", mas nem sempre nós temos que estar dispostos à extroversão, não é mesmo?

1 de agosto de 2009

...e como sempre...

Todas as vezes que sinto falta de romance em minha vida, sei que posso recorrer ao não menos que perfeito Fitzwilliam Darcy...

27 de julho de 2009

Em Brasília, zero hora

Treze minutos da segunda-feira. Ouvindo mp3 de hipnose e zanzando pela internet para desencavar o ânimo necessário para encarar a semana, olha só o que a pessoa acha:

Uma foto do Evandro Santo do Pânico (mais conhecido como Christian Pior) abraçado com um balde de espumante Salton.

Coleeeeeega, apaixonei de vez!!!!

25 de julho de 2009

Só mesmo levando lapada


As coisas realmente são do jeito que têm que ser. Enquanto ultimamente minha vida tem sido marcada por uma bela sucessão de cacetadas, aparentemente o planeta Terra vem tentando me ensinar uma lição que até hoje vinha passando batido.

Dá para definir todo o meu aprendizado em duas frases de sabedoria branchúnica:

- Se a palavra é de prata, o silêncio é de ouro.

e

- As coisas só têm a importância que nós damos a elas.

Espero nunca mais esquecer disso e, na primeira oportunidade possível, mostrar ao mundo que sou capaz de manter um sorriso no coração ao mesmo tempo em que levo lapada em cima de lapada.


Por enquanto, continuo me achando um cu.

20 de julho de 2009

That's what I want

The best things in life are free
But you can keep them for the birds and bees
Now give me money
That's what I want

You're lovin' gives me a thrill
But you're lovin' don't pay my bills
Now give me money
That's what I want

Money don't get everything it's true
What it don't get, I can't use
Now give me money
That's what I want

Money don't get everything it's true
What it don't get, I can't use
Now give me money
That's what I want

Well now give me money
money
Wow, yeah, I wanna be free
I want money
That's what I want
That's what I want
Now give me money
money
you need money
give me money
That's what I want
that's what I want

(Money, interpretada pelos Beatles)

12 de julho de 2009

Parem as máquinas!!!!!!!


Achei meu primeiro cabelo branco. E eu acabei de fazer VINTE E NOVE ANOS.

Caralho.

10 de julho de 2009

Pelo amor de Deus

Essa semana TEM que acabar.

25 de junho de 2009

Isso de morrer é uma merda

Esse negócio de morrer mexe muito comigo. E hoje, com dois ícones passando para o outro lado, a coisa pareceu mais assustadora do que normalmente é.

A gente não imagina que figuras do tipo de Michael Jackson possam vir a morrer algum dia. Para mim, pelo menos, ele era aquele cidadão esquisito que sempre dava um jeito de aparecer nas manchetes - por músicas excepcionais, comportamentos bizarros ou declarações amorosas em prol da humanidade e dos leões-de-bengala-do-alto-nilo. Mas que nunca poderia ceder a esta picuinha tão baixa chamada mortalidade.

É sério! Jackson foi um ser humano que conseguiu o feito de passar de criança explorada a ídolo global - mais que qualquer outro que tenha coexistido em seu tempo, ele mexeu com o planeta Terra. Qual a probabilidade de alguma outra pessoa ter tanta influência sobre o resto da humanidade?

Enfim... Minha sogra chorou quando soube de sua morte. Eu perdi o sono. Tantos outros milhões devem estar perplexos até agora, sem conseguir entender o porquê.

A gente tira onda, é verdade. Mas para mim, a frase que vai ficar do dia de hoje é a de um sujeito sensato - talvez o único - no Twitter:

nojinho de quem faz piadas sobre morte. quando for a mãe dessas pessoas será tão divertido?

Fica com Deus, Michael Jackson. Agora sim, você está livre de toda a merda que te fizeram neste mundo. Aproveita e cuida da Farrah Fawcett também!

Update

Melhorando, pouco a pouco.

Deus no coração - e não a fluoxetina - é o melhor remédio.

16 de junho de 2009

É...

Se ao menos eu tivesse essa barriga chapada...

É... O fato é que não estou passando por um bom período em minha vida. Nos últimos meses parece que tenho sido soterrada por uma avalanche de problemas físicos (e financeiros também) que me afastaram do bom caminho, do caminho da paz. Uma dor insuportável na coluna me obriga a tomar remédios cada dia mais fortes, que me tiram da realidade pelo menos 70% do tempo. Outro medicamento, contra a enxaqueca, já me rendeu oito quilos a mais, além de uma apatia de outro mundo. Hoje nem meu senso de responsabilidade duque-de-caxias conseguiu me fazer levantar da cama no horário. Resultado: cheguei no trabalho precisamente às nove e meia da manhã.

Cadê o entusiasmo? Cadê a sede de futuro?

Ontem me peguei fazendo algo inimaginável há um tempo atrás: vaguei por algum tempão por uma loja de departamentos, ao mesmo tempo pensando na vida e fazendo hora para não ter que assistir aula (pelo menos não desde o princípio). E me lembrei de uma coisa importante. Desde quando deixei de SER? Em que momento comecei a me apegar a outras coisas, me afastando do caminho da simplicidade? Qual foi a hora em que me afastei de Deus?

São tantas perguntas... e o remédio começa a fazer efeito de novo.

Espero não dormir em pé hoje.

15 de junho de 2009

Leave me be

Estou cansada desse mundo e só a mega-sena pode me animar. Estou com dor na coluna, tenho aula até as 22h e minhas finanças estão um caco. Já levei alguns foras pelo telefone e acabei de saber que em duas semanas vai acontecer um curso de degustação para o qual não tenho grana pra ir.

Só por hoje, deixa quieto.

10 de junho de 2009

Destrocando as bolas


Aproveitando (?) uma crise absurda de coluna e a necessidade de repouso absoluto, fiz bom proveito da tecnologia de minha própria residência e, com um arranjo que envolve o notebook de marido, a rede sem fio e um banquinho na beira da cama, finalmente dei o primeiro passo para destrocar as bolas de minha vida bloguística. A partir de agora, tenho três espaços distintos na rede:

- Vim, vinho, venci - minha incursão no mundo dos vinhos.
- Fabiana Andrade Fotografia - paixão antiga, a cores e em P&B.
- Palavra de Borboleta - estre próprio espaço, onde registro o dia-a-dia de uma maluca com ascendente em capricórnio.

Bom proveito.

8 de junho de 2009

Salton Volpi Cabernet Sauvignon 2007

Elaborado a partir de um corte harmônico de 85% Cabernet Sauvignon, 5% Merlot, 5% Tannat e 5% Cabernet Franc. Comprei este vinho mais pela vontade de experimentar um Volpi, tão bem-falado na comunidade enófila, que pela inclinação pela Cabernet Sauvignon. Marido foi o primeiro a dizer que essa não era a uva preferida dele - justiça seja feita, se depender do cidadão a favorita lá em casa continua sendo a malvasia -, mas resolvi apostar.

E não é que deu certo? Os taninos estavam bem menos pronunciados que os da mesma casta que degustamos durante nossa viagem pelo sul, e os aromas pareciam explodir nas narinas, com predominância de frutos secos. Não senti quase ou nenhuma presença de madeira, o que agora me parece bem curioso. A cor era de um rubi forte, com borda aquosa mínima - em alguns anos o danado deve estar ainda melhor. Finalmente consegui identificar as tais lágrimas do vinho - e lá estavam elas, grossas, lentas a abundantes. Que alegria! Extremamente bem equilibrado, acidez no ponto, teor alcoólico idem - aliás, só percebi o álcool quando minhas bochechas ameaçaram ficar dormentes, heheheh.

Pela primeira vez, marido tomou junto comigo. Aprovadíssimo.

Espumante Brut Club Des Sommeliers

Comprei esse num fim de tarde preguiçosa de sábado, como uma alternativa para não abrir a última garrafa de Salton da nossa mini-adega. A idéia era me forçar a não beber a garrafa inteira de uma só vez - propósito alcançado em parte pela minha força de vontade, em parte pela baixa qualidade do vinho. 

Pelo que li na internet, o Club Des Sommeliers é uma segunda marca da Miolo, produzida exclusivamente para o Grupo Pão de Açúcar (comprei este no Comprebem), para ser comercializado a preços baixos (e nem foi tão baixo assim - R$ 21, comparados aos R$ 15 que paguei pelo Salton Brut na RM Express). Não me liguei em hora nenhuma que o danado é feito pelo método tradicional - acho que foi minha primeira compra fora dos espumantes charmat, e no final das contas acabei decepcionada. A cor é puxada para o palha, com aroma frutado característico. A  perlage é pouquíssimo persistente e o aroma do álcool é claramente perceptível cinco minutos depois que o espumante vai para a flute. O retrogosto é amargo - muito mais do que eu considero agradável, e olhe que eu bebo chá de boldo por prazer.

Concordei com o camarada do Vinho para Todos: fraco. Menos um na minha lista para comprar novamente. 

Em breve comento aqui sobre o sucesso do Salton Volpi Cabernet Sauvignon. Esse até marido aprovou.

Precisando urgentemente...

...da receita pra cagar dinheiro.

Alguém, alguém?

3 de junho de 2009

Obrigado mundo

Duas hérnias de disco e uma dor constante no ciático. Quarta-feira de rotina...

30 de maio de 2009

Espumante Salton Brut

O sabor é maravilhoso: marcante sem ser desarmônico, com uma acidez residual que torna a experiência mais que agradável. Fabricado com uvas chardonnay e riesling (ainda não degustei nenhum chardonnay, acho que será a próxima pedida). A tonalidade é palha e o aroma é bem cítrico, lembrando um pouco maçã verde. A perlage é abundante e faz cosquinhas no nariz. O preço é altamente acessível para um produto tão bom. Harmonizado com gorgonzola, salaminho com pistache e uma bela companhia.

Amo amo amo amo.

O mundo ainda tem jeito


E-mail de uma amiga agora há pouco:

Agora sim, Amiga.
Acabei de descobrir qual o momento mais feliz de minha vida.

30 de maio de 2009, uma e meia da madrugada
Um chorinho baixo me acorda. Corro para o berço e sou recebida com o mais lindo sorriso banguela do MUNDDOOOO, naquela hora tive a certeza que ninguém neste mundo era mais feliz do que eu :-)

23 de maio de 2009

Gato Negro Carménère 2007

Ontem depois de mais um longo dia de trabalho (e um coxão de bode espetacular no almoço) chegou a hora de experimentar a primeira das valiosíssimas aquisições realizadas na distribuidora de alimentos e bebidas RM Express.

A pedida da noite foi um Gato Negro Carménère 2007, que custou a bagatela de R$ 14,90. A aparência do vinho estava dentro dos conformes - brilhante e límpido, de um púrpura intenso com um pequeníssimo halo aquoso, o que até onde entendi mostra um potencial de guarda de mais alguns anos.

Os aromas eram suaves e pouco persistentes, com alguma complexidade. Senti a presença marcante do sabor da uva e alguns traços de pimentão verde e tabaco. Ainda vou levar algum tempo para identificar outros tipos de aroma em vinhos, então ter reparado nisso já foi uma vitória. A madeira marcava leve presença, a textura era muito sedosa e os taninos extremamente amaciados. O equilíbrio era bom, mas senti falta de um corpo mais pronunciado - parecia que o vinho escorregava dentro da boca sem deixar maiores efeitos.

A graça é que, como boa matuta, entornei praticamente a garrafa inteira - o que me proporcionou um fenomenal black-out como nunca antes ocorrido na história. Lembro de ter colocado a garrafa vazia ao lado do cesto de lixo na área de serviço e deitado no sofá com marido para assistir Harry Potter e o Cálice de Fogo. Lembro de apenas UMA FRASE do filme: o menino que virou vampiro em Twilight pedindo a Harry para levar seu corpo para o pai. Não faço idéia de como cheguei na cama. Quando me dei conta, já era sábado de manhã.

Resumo da ópera: um vinho leve e suave, mas que não deve ser subestimado. O álcool me pegou de jeito, deixando aquele enjoo residual que acaba com qualquer manhã de sábado. Pelo menos uma coisa aprendi: uma taça de cada vez.

De preferência, acompanhada de um bom copão de água.

P.S: Acabei de receber um telefonema do lado gaúcho da família que só comprovou o que eu desconfiava: Gato Negro nem pensar. Então tá então, DISSO eu espero me lembrar.

21 de maio de 2009

Uma paixão recém descoberta


Cabernet sauvignon, malvasia bianca, merlot e tannat. Da viagem ao Rio Grande do Sul, além de lembranças magníficas e fotos idem, acabei trazendo um gosto até hoje insuspeito: o interesse por vinhos. Obviamente que cinco dias de degustação intensa no Vale dos Vinhedos fizeram a sua parte, mas acho que o que mais marcou, no final das contas, foi minha última noite gaúcha - regada a espumante brut Salton e devidamente harmonizada com uma grande companhia (o grandão da foto acima).

De volta em casa, o interesse pelo assunto só fez crescer, e à medida que o tempo e a verba permitem, estou me dando ao luxo de investir neste prazer - experimentar um bom vinho embaixo do edredom assistindo com maridão nossos filminhos de sempre.

A partir de agora, passo a registrar nesse blog também minhas incursões no mundo da vitis vinifera.

E que nunca nos falte.

P.S.: Só pra registrar, abaixo vai a trilha sonora da gréia (bagunça, em bom pernambuquês) daquela semana maravilhosa no Vale dos Vinhedos.


19 de maio de 2009

Oh vida...

+
=
EU


14 de maio de 2009

Obrigado mundo


O cansaço me pegou. A agonia me pegou. O nervosismo me pegou. Hoje é dia de soltar o clássico "tomara que esta semana acabe logo, antes que acabe comigo".

Só registrando, ontem cheguei em casa às 22h30, mas com uma energia enlouquecida que por pouco não me fez tirar os tênis e meias pelo meio da rua. Arranquei tudo o que tinha no corpo: brinco, pulseira, relógio, roupa apertada... me joguei no banho e só consegui me acalmar perto da uma da madrugada. Será o cloreto de magnésio? Conserta um problema (as dores na coluna) e cria outro: cotoco invencível.

Enquanto isso, uma vozinha grita na cabeça da pessoa: estuda, menina, senão tu não sai do canto...

12 de maio de 2009

O Tarot tudo sabe

Ás de Paus

Momento de agir!

O Ás de Paus como arcano de aconselhamento para este momento de sua vida vem sugerir a necessidade de se atirar nas coisas com mais entusiasmo, sem medos, imprimindo tesão em tudo o que se faz, Fabiana. Você dispõe de imenso potencial criativo e está num momento excepcional para fazer valer as idéias que saltarão de sua mente e coração. Cuidado apenas para, no entusiasmo, não terminar “queimando” as pessoas ao seu redor. Temos, muitas vezes, idéias brilhantes e “vemos” as coisas de uma maneira que ninguém mais viu. Ficamos irritados quando os outros não acompanham a perfeição de nossa visão ou a clareza que tivemos a respeito de um projeto ou idéias. E é aí que mora o perigo, Fabiana: de nada adianta você ter uma ótima idéia, se não souber ter paciência para explicá-la. 

Conselho: Atire-se! Mas tome cuidado para não ferir ninguém!

11 de maio de 2009

Um dia bom


...deitar de barriga cheia depois do almoço; respirar o ar úmido das árvores ao redor; escutar a algazarra dos passarinhos e ver minha mãe trazer um lençol e me cobrir devagarinho...

É, a vida é boa, Sebastião.

6 de maio de 2009

É gostosa ou não é?

A pessoa morde. 
Mastiga.
E depois morde de novo.

Será que um dia vou ter uma boneca dessas pra mim?

4 de maio de 2009

De volta ao batente



Minuciosa formiga
não tem que se lhe diga:
leva a sua palhinha
asinha, asinha.

Assim devera eu ser
e não esta cigarra
que se põe a cantar
e me deita a perder.

Assim devera eu ser:
de patinhas no chão,
formiguinha ao trabalho
e ao tostão.

Assim devera eu ser
se não fora
não querer.

2 de maio de 2009

Minha sobrinha linda

Olha que coisa mais linda mais cheia de graça
É minha sobrinha que vem e que passa
Num doce balanço a caminho do mar...

22 de abril de 2009

Pensamentinho e pensamentões


...roubado de um avental do Mercado Público e adaptado à rotina de degustações no Vale dos Vinhedos:

Uma taça de vinho: sou rica
Duas taças de vinho: sou bonita
Três taças de  vinho: sou à prova de balas
Quatro taças de vinho: sou invisível!

P.S.: Hora de ir embora, de pensar na vida e fazer novos planos. Hora de ficar em silêncio e tentar encontrar o caminho. 

Enfim, hora.

13 de abril de 2009