19 de março de 2010

Quase feliz

Engraçado como algumas pessoas implicam quando eu digo que as coisas andam se resolvendo de um jeito a me deixar quase feliz. É o mais perto que consigo chegar da felicidade, então é bom me me contentar. É o que tem pra hoje.

Enfim.

Ontem fomos almoçar no Azú, aproveitando o cardápio do Recife Restaurant Week. Não pedi vinho, mas o martini de cortesia como aperitivo deu conta do recado. Adorei a entrada - um tipo de caldinho de marisco com parmesão. Adorei o prato principal - um talharim com tilápia grelhada, molhos pesto e agridoce e uma farofa crocante. Não gostei muito da sobremesa, um tipo de manjar de coco com cobertura de ameixa que lembrava muito licor de cassis. Mas não tem como reclamar. O astral do lugar é fantástico; deu muito bem para relaxar e curtir a vida - ao módico custo de 34 realidades. Tá de bom tamanho.

E ontem finalmente ressucitei meu mp3 player. Aproveitei meia horinha para colocar a coleção remasterizada com todos os CDs dos Beatles no bichinho, e praticamente viajei. O motivo é simples: depois de uma vida inteira ouvindo a fase do ié-ié-ié em vinil (e amando o barulhinho de disco riscado), é simplesmente inebriante conseguir perceber as nuances, respirações e até cagadas na hora do double tracking com qualidade digital.

A pessoa tem que admitir:
  • Desculpando o palavrão, mas Ringo é o baterista mais fuderoso que o mundo já viu. O cara NUNCA erra. Sem contar a miséria que ele pintava com um bongô na mão;
  • A voz rascante de John é a coisa mais linda do mundo - que me perdoe Paul, meu anjo da voz de veludo. Eu já disse que AMO dissonância?
  • Por fim, o George era de uma criatividade inumana com qualquer instrumento de cordas. Dá pra ouvir The Inner Light 80 vezes sem se cansar - e encontrar uma nuance diferente em cada uma delas.
Beatles: #amodemaisdaconta

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