8 de outubro de 2008

Auto-análise é uma merda

De uns anos para cá venho constantemente me surpreendendo com o rumo dos meus pensamentos. Talvez seja o excesso de auto-reflexão, talvez a (i)maturidade, mas o fato é que hoje mesmo (finalmente) entendi o motivo da minha curiosidade - desejo até - de presenciar o fim do mundo.

Explico-me: a cada estourar de fogos de artifício, tremor de edifício ou barulho inexplicável, começo a querer acreditar que estou presenciando o armagedom, tal qual naquele filme em que o Bruce Willis salva o mundo da destruição (e a carreira do Aerosmith do ostracismo). E nessas horas sempre tenho que conter o ímpeto de sair em desabalada carreira e refugiar-me na casa de meus pais, rezando e celebrando os últimos momentos em família em uma linda cena hollywoodiana - enquanto uma chuva de meteoros transforma o planeta num naco queijo coalho no fundo da churrasqueira.

Pois é.

O que está por trás disso é trágico e, como não poderia deixar de ser, ao mesmo tempo cômico. Acontece que entendi: eu simplesmente NÃO QUERO encarar o fato de que em alguma hora, mais cedo ou mais tarde, inevitavelmente (e todos os advérbios que o valham), meus pais não vão fazer mais parte deste plano material, e eu terei que enfrentar o desconhecido sem eles. Se for para ser privada da convivência dos meus queridos velhos, prefiro que partamos todos de uma só vez, e o planeta Terra literalmente que se exploda.

Mais que isso eu não consigo explicar.

Loucura, huh?

Como diz o título deste post, auto-análise é uma merda.

A morte também.

E tenho dito.

P.S.: E mesmo que eu fosse a Liv Tyler, e tivesse o dinheiro do Bruce Willis, e fosse casada com o Ben Affleck, o veredicto seria o mesmo: que venha o fim do mundo!

2 comentários:

BETA FERNANDES disse...

Eu tambémmmmmmmmmmmmmmmmmmm... Eu penso nisso SEMPRE e acho que sou louca. Mas eu não quero que os meus pais "me faltem" não mesmo :-(

Mayra disse...

Armageddon pra presidente!
Onde eu assino?