22 de setembro de 2008

Zen.


Corpo e mente, mente e corpo. São engraçadas as formas pelas quais descobrimos que as duas coisas são, na verdade, uma só.

Hoje tenho a sensação de que estou acordando de um pesadelo beeeeem longo. A chegada da primavera marcou a volta de minha vida aos eixos - as flores se abriram, o sol apareceu e aparentemente os problemas que me afligiam estão mais distantes a cada dia que passa. Começo novamente a me sentir parte de um todo, rodando a favor do planeta e não contra ele. E para completar o ciclo, resolvi aposentar a sibutramina treze dias antes do previsto e me livrar de uma vez daqueles efeitos colaterais enlouquecedores - as irmãs taquicardia, tremedeira e paranóia.

Depois de tanto tempo, finalmente me julgo capaz de abraçar uma árvore e escutar a vida pulsando dentro dela.

Delícia...

Será que dura?

Ontem mais uma vez tive uma epifania. Me dei conta da minha obsessão em controlar o curso de todas as coisas deste mundo. Me dei conta de que este instinto permanente de controlar deixa escancarada uma porta para a paranóia entrar. Me dei conta que mesmo quando não há nenhum compromisso, continuo me forçando a alcançar metas inalcançáveis.

Por fim, me dei conta de que feliz é a água, que não tenta atravessar uma pedra; simplesmente a contorna.

Aleluia.

Digo e mais uma vez repito: será que dura?

Daqui a alguns anos, ao reler este texto, saberei. Por hoje, me contento em não me preocupar com isso e apenas sentir.

Nenhum comentário: